Momento do clube gaúcho não é bom tanto dentro quanto fora de campo
Eduardo Moura
Porto Alegre (RS) O momento não é nada bom. Na verdade, o momento é totalmente contrário para o Grêmio. Não há nenhuma situação favorável aos tricolores na partida diante do Universidad do Chile, nesta quarta-feira, às 21h50. Derrota em casa na Libertadores, perda de clássico, polêmicas fora de campo e grupo reduzido. Quando o contexto não é bom, como agora, resta ao Tricolor gaúcho apelar para a dita 'imortalidade'.
O problema mais próximo aconteceu depois de domingo. A perda do Gre-Nal demonstrou fragilidade do Grêmio dentro de campo em relação ao rival e forçou a realização de mais dois Gre-Nais no Gauchão. No entanto, o pior foi o esfacelamento físico do grupo.
Só no clássico de domingo, foram mais três desfalques do grupo titular. Fábio Rochemback, Willian Magrão e Gabriel tiveram lesões musculares e ficam fora não só da Libertadores mas também só voltam no último Gre-Nal do Gauchão. Só Rochemback pode atuar neste fim de semana, inclusive ficou fora da viagem para o Chile se preparando para o clássico.
- Com certeza, é um momento difícil. Temos muitos desfalques. Tem que ver e incorporar o histórico do Grêmio, é o que nos resta. Quem entrar em campo, tem que montar uma equipe boa e compacta, já que não temos nada a perder. Temos que atacar e procurar os gols a todo o momento. Não podemos nos retrancar, temos que buscar o gol – explicou Adilson.
Além dos problemas do time, há ainda as questões fora do campo. Borges não tem tido boas atuações dentro de campo. Na primeira partida com o Universidad Católica, deu uma cotovelada em Henríquez e foi expulso ainda no primeiro tempo. No Gre-Nal, depois de apresentação apagada, jogou longe o primeiro pênalti das cobranças decisivas. Após o jogo, Renato Gaúcho afirmou que o centroavante era assunto interno dele e da diretoria.
Outra polêmica recente no Grêmio foi a dispensa de Carlos Alberto após apenas três meses de clube. As atitudes fora de campo levaram a diretoria a liberar o atacante, que não volta ao Vasco da Gama. Mesmo tendo um jogador a menos na lista da Libertadores, preferiu o desligamento do jogador. Será nestas condições que o time terá que reverter o problema na Libertadores.
Pelo lado chileno, o Universidad Católica joga com a vantagem. Por isso, o técnico Juan Antonio Pizzi deu orientações bem específicas a sua equipe. Quer que seus comandados girem a bola e envolvam o Grêmio com toques.
- Estamos pensando em fazer uma boa partida. Eles trocam bem a bola e são muito perigosos. Não se pode confiar muito em si contra uma equipe assim. Com a posse da bola podemos desesperar eles – disse Meneses ao jornal El Mercurio.
Em seus domínios, o Universidad Católica jogou oito vezes nos últimos dez anos. E a informação não é boa para o Grêmio: são cinco vitórias, dois empates e uma derrota. Na Libertadores deste ano, no entanto, está bem dividido: ganhou uma, empatou outra e perdeu uma.
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