Ciro Barros
São Paulo (SP)
São Paulo (SP)
Em jogo tenso e com grande atuação do goleiro Rafael, o Santos conseguiu superar a pressão do América-MEX, fora de casa, e segurou um empate em 0 a 0 no jogo de volta das oitavas de final da Copa Santander Libertadores. Com o resultado, o Peixe avança às quartas-de-final da competição.
Antes da competição sul-americana, o Santos volta às suas atenções ao Paulistão. O time da Vila Belmiro encara no próximo domingo, no Pacaembu, a partida de ida da final do Campeonato Paulista, diante do Corinthians.
Pela Libertadores, o Peixe espera o vencedor do jogo entre Cruzeiro e Once Caldas nesta quarta-feira, na Arena do Jacaré, para conhecer seu adversário nas quartas-de-final. A Raposa venceu a primeira partida, na Colômbia, por 2 a 1.
Os dois períodos da partida foram bem distintos. No primeiro tempo, o jogo teve um predomínio da marcação e do posicionamento defensivo. No segundo, foi a vez da correria entrar em campo. No fim, Rafael brilhou e o Peixe conseguiu o que precisava para avançar.
Predomínio tático
No início do primeiro tempo, a equipe mexicana começou pressionando o time santista. Com a bola, os atacantes do América-MEX se colocavam atrás dos laterais santistas e corriam para dentro da área, em diagonal. Defensivamente, o time alternava o 3-5-2 e o 4-4-2, com Montenegro chegando bastante ao ataque.
Contudo, a pressão não foi muito efetiva neste início de jogo. Taticamente, os volantes do Santos voltaram para auxiliar na marcação, mas essa movimentação comprometeu a saída para o ataque. O panorama mudou a partir dos 15 minutos, quando o Peixe equilibrou a partida.
O Santos também teve pela frente um time bem postado defensivamente, que não permitiu a aproximação e penetração na área e também dificultou a troca de passes, mesmo nos contra-ataques. Resultado: no primeiro tempo, o Santos chegou pouco ao gol e arriscou cruzamentos e chutes de longa distância.
O América-MEX, por sua vez, também abusou das bolas alçadas, mas conseguiu levar perigo e criar as melhores chances: com a cabeçada de Mosquera, aos 23, e o cruzamento de Montenegro, aos 30, mas foi só. E assim terminou um primeiro tempo de predomínio tático.
Efeito inverso
Se no primeiro tempo a marcação prevaleceu, na segunda etapa o predomínio foi da movimentação. O Santos começou pressionando a equipe do América-MEX e tentando definir a partida, enquanto o time mexicano contra-atacava.
A temperatura do jogo subiu muito e, em menos de dez minutos, três jogadores do América-MEX levaram cartão amarelo. Assim como fez na semifinal do Paulistão diante do São Paulo (vitória por 2 a 0), o técnico Muricy Ramalho substituiu Zé Eduardo por Bruno Aguiar.
Contudo, a mexida teve o efeito inverso. Diante de um time mais bem postado defensivamente do que o São Paulo foi no Paulistão, o ataque santista foi neutralizado pela defesa mexicana e o time atraiu a equipe mexicana para si.
O que se viu, então, foi um verdadeiro bombardeio ao gol de Rafael em chutes de longa distância e bolas alçadas. Aí brilhou a estrela do goleiro santista, que fez pelo menos três ótimas defesas. Contudo, a pressão não foi suficiente e o jogo ficou empatado em 0 a 0.
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