sábado, 2 de abril de 2011

Goleiro acusa presidente de interferência e pede para sair

O goleiro Aloísio alegou sofrer interferência da diretoria do Potiguar para não jogar e por isso decidiu deixar o clube. A decisão foi tomada na quarta-feira, mas somente ontem o atleta oficializou.
O arqueiro ficou de fora do jogo contra o Santa Cruz no domingo, 27, por conta de uma lesão na panturrilha, mas se recuperou da contusão e foi para o banco de reservas na partida diante do Alecrim na quinta-feira, 31, em Natal, quando o Potiguar perdeu por 1 x 0. Segundo o goleiro, a decisão para ele não jogar partiu da diretoria e não da comissão técnica como deveria ocorrer, o que o chateou.
"Treinei normal na segunda-feira, na terça e na quarta. Paulo Renato (técnico de goleiros) conversou comigo na quarta-feira e disse: 'Aloísio, você vai voltar porque não saiu por deficiência, mas por contusão.' Mas Benjamim (presidente) ligou para Paulo na mesma quarta-feira, isso à noite, durante o jogo do Baraúnas, informando que a decisão da presidência era para Ruan jogar. Então, se ele quer que eu não jogue, não tenho motivo para ficar. Não sou menino. Pedi rescisão do contrato e agora estou esperando resolver a situação", contou o goleiro, ao lamentar a decisão arbitrária.
"Foi uma posição infeliz, uma falta de respeito para mim e também para os membros da comissão técnica, que são os responsáveis pela escalação da equipe."
Aloísio lembrou que iria se desligar ainda na quarta-feira, mas foi convencido pelo dirigente Ricardo Nogueira a viajar com o elenco para o jogo de quinta-feira, uma vez que o terceiro goleiro, Rafael, não foi localizado. "Fui em respeito ao clube e ao torcedor, mas a posição de não ficar já estava tomada."
Antes do jogo com o Santa Cruz, na estreia do segundo turno contra o ABC, Aloísio falhou no gol da vitória abecedista, o que teria deixado a diretoria alvirrubra descontente. Porém, o atleta lembrou que atuou no sacrifício.
"Eu estava contundido e Ruan também. Sobrou para o garoto Rafael, mas, para preservá-lo e também respeitar o clube e o torcedor, fui para o jogo. Tomei infiltração e, agora como recompensa, recebo um desprezo", lamentou o goleiro, ao explicar o lance que originou a derrota do Potiguar naquela partida.
"Posicionei a barreira com quatro homens e deixei muito espaço para o canto direito. Era para ter botado três, pois eu ia mais para o meio, dava para ver a bola e diminuía o espaço lateral. A falta foi bem colocada e não deu para chegar. O fato de não estar bem também contribuiu em parte."
Especulou-se que outro motivo para explicar o seu desligamento do Potiguar teria sido a proposta sobre redução do salário, mas o goleiro desmentiu. "Para mim não, mas para outros teve", afirmou.
A reportagem tentou ouvir Benjamim Machado sobre o assunto, mas o presidente não atendeu as ligações do telefone celular.
Time treina para jogo de risco
Polêmica à parte, o Potiguar faz um treino hoje de manhã, no Estádio Leonardo Nogueira, visando ao jogo deste domingo, 3, contra o Corintians, na cidade de Caicó. A partida será de risco, pois uma derrota eliminará as chances teóricas de classificação para o segundo e último turno do Campeonato Estadual.
No treinamento, é provável que o técnico José Carlos Amaral estude uma formação titular um pouco diferente do último jogo, devido à atuação apagada de alguns atletas. O certo mesmo é que o treinador terá o retorno do meia Lamar, que está de volta depois de cumprir suspensão automática.
Sobre a derrota para o Alecrim na quinta-feira, o meia Rafael Matos responsabilizou a própria equipe por apresentar um futebol pouco competitivo, diferente das últimas partidas.
"O Potiguar foi totalmente diferente dos últimos jogos. O time não se encontrou. Acho que faltou mais de cada um de nós jogadores. Fizemos uma péssima partida", analisou.

Fonte: Jornal de Fato

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